quarta-feira, 10 de julho de 2013

Perceber Cavaco (Seguro em bicos de pés III)

Cavaco Silva ao ouvir, depois do susto da demissão de Paulo Portas do primeiro governo da coligação, os parceiros sociais obrigou-os a uma mudança de discursos até aqui imprevisível:
Todas as confederações patronais e a própria UGT ao declararem publicamente que não querem ou não pedem que este governo caia, tiveram de dizer ao presidente que os chamou para saber se havia suporte social para este governo que estavam dispostos a dialogar / concertar-se com o Governo. Que estavam dispostos a dar suporte social a este Governo. Foi isso que Cavaco lhes pediu para manter em funções o Governo.

O processo eleitoral não assusta por si mesmo os mercados. Acontece inevitavelmente de 4 / 4 anos. O que assusta os mercados é a possibilidade de se eleger um governo que não pague aos credores. Se estivesse em funções um governo tipo BE / PCP com uma política de "não pagamos" e esse governo caísse as eleições seriam bem vindas pelos mercados.

Não outra interpretação possível: patrões e UGT podiam ter pedido que o governo caísse mas assumiram que este governo é melhor que o que esperavam que resultasse de eleições. 

Ou seja Portas e Passos reganharam parte do suporte social que haviam perdido em 2 anos.

Vitória de ambos e redução de Seguro à sua irrelevante dimensão.

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