quinta-feira, 30 de julho de 2015

Os tontos, os ativos e a estatística do desemprego

O PS e o BE estão aflitos com a melhoria do país. Quanto mais o país melhora mais o PS insulta o governo.

Lembraram-se essas almas agora de dizer que os dados do INE são falsos porque subestimam o desemprego.

Não são 12,5 % dizem os excitados. São uns 15% ou 16%, juram, sabe-se lá porquê. Dizem, entre outras coisas, que são pessoas em idade ativa que deixam de procurar emprego, mas isso não faz sentido. Em tempos de crise as pessoas em idade ativa passam muito menos a inativos. Na década de sessenta / setenta sim, não havia desemprego e proliferavam os hippies, as mulheres que optavam por ser donas de casa etc. Porquê? Porque se e quando quisessem um emprego era só dizerem e este aparecia. Já em ambiente de crise há sempre familiares desempregados e toda a gente aproveita as oportunidades de emprego mal aparecem pois pode não surgir outra tão cedo. Doentes fingem ser sãos, mães vão trabalhar, avôs arregaçam as mangas. Portanto diferença acrescida pelo aumento de inativos é que não é. No que toca à emigração esta cresceu por múltiplas razões e vemos sair para fora tanto desempregados com empregados.

Assim o desvio de que a oposição fala só pode ser por erro do INE, aparentemente com dolo.

Só que isso é ideia tonta.

A diminuição do desemprego e o aumento do emprego andam juntos, certo?
Se o INE tira 3,5 % ao desemprego para fazer fretes ao governo (e era bom saber quais das centenas de colaboradores é que falsificam os dados, em que fase, como e, principalmente, porque é que não há provas disso, porque que é que não há dentro do INE ninguém que denuncie a burla) então já o fazia em 2012 pois era o mesmo governo e, assim,  quando diziam oficialmente que eram 17,5% na verdade eram 21%. Certo?

Ora se em vez de baixar de 17,5% para  12,5%, o desemprego  baixou de 21% para 16% a queda foi exatamente igual. Ora como para votarmos o que nos interessa é a mudança pois é a mudança que mais determina o futuro e é a mudança que significa que a economia está a criar emprego e estando o desemprego a cair brilhantemente 2% ou 2,5% ao ano porque raio havíamos nós de votar PS ou BE?

Para voltarmos ao tempo em que o desemprego crescia mesmo antes da crise?

É preciso ser um poucochinho para não perceber que o que interessa é a diminuição do desemprego que todos sabemos ser alto, seja esse número o verdadeiro (12,5%) ou o que o PS e o BE inventam.

Morreu o Picareta Falante. Longa Vida ao Picareta Insultante.

Guterres era o Picareta Falante. Falava, dizia coisas atrás de coisas, debitava palavras umas atrás das outras até à morte do adversário por exaustão.

Nesse aspeto era diferente de Jorge Sampaio porque este último era um verborreico vazio que falava falava mas não dizia quase nada. Se Sampaio tivesse de se pronunciar sobe uma chávena de café diria que "iria de seguida exprimir algumas considerações pessoais e intransmissíveis sobre a bebida, salientando o carácter necessariamente subjectivo da sua observação, ainda assim expressa com tolerância e a necessária atenção ao muticulturalismo e ao trajecto tão interessante como diverso do seu percurso que o trouxe de campos subtropicais até esta chávena" e depois do café em si não dizia nada. Guterres falaria do café, do preço do café, das alergias e outras intolerâncias ao café, da chávena onde se encontrava, do guardanapo. Muito diferente, portanto.

Ambos chatos, um dos quais mais inteligente, mas também ambos urbanos e civilizados. Insuportáveis mas civilizados.

António Costa é diferente. Não se cala e não diz nada que se aproveite, mas insulta constantemente.  É nisso perito. Diria que o café era uma falsificação, o ofertante era mentiroso, o importador era incompetente, a água do café era verdadeiramente roubada ao país, era preciso correr duma vez por todas  com o vendedor das máquinas.

Costa é colérico como Sócrates (disfarçava melhor porque não tinha poder) e é um falhado como o TóZero que, vendo escorregar-lhe a sorte eleitoral, foge para a frente para o radicalismo chamando nomes ao adversário. É mais esperto que o Galamba, o TóZero ou o Serginho, mas em boa verdade não chama menos nomes que o primeiro e o último (Seguro é uma pessoa mais decente, apesar da sua incompetência para o cargo a que na altura foi promovido).

Costa, quanto mais se revela como um batatoon indeciso, mais se transforma numa Picareta Insultante.

Pode ser para disfarçar. Mas não disfarça.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Teatro eleitoral

Mal o PSD-CDS acabaram de apresentar o seu programa, António Costa decidiu avaliá-lo, apresentando publicamente a sua análise.

Como o programa tem 150 páginas é evidente que Costa não podia tê-lo lido.

Como pôde então apresentar a sua opinião sobre o programa eleitoral do PSD se não o conhecia?
- Porque já tinha preparado o que dizer previamente ao programa. Fosse qual fosse o programa eleitoral do PSD, Costa daria sempre a mesma resposta, debitaria a mesma cassete, mais detalhe ou menos detalhe.

Essa resposta é, assim, não uma visão crítica, mas um gesto de teatro, uma farsa, um declamar de demagogia barata.

Repito: dissesse uma coisa o programa do PSD-CDS ou dissesse o seu contrário, a resposta de Costa seria sempre a mesma porque é teatro previamente preparado. 

Costa não precisa sequer de fingir que leu o programa porque a nossa imprensa está vendida e é incompetente. Num país normal a pergunta dos jornalistas seria imediata: 
- Dr. António Costa como pode ser tão rápido a comentar o programa da coligação? Come se pode pronunciar sobre o que não conhece? Ou mesmo, numa versão mais dura, - Dr. António Costa que credibilidade têm as suas críticas se não teve sequer tempo para estudar o programa do seu adversário? 

António Costa surge como um falsete, um saco de palavras pré-preparado que diz a mesma coisa quer o PSD diga que é dia quer diga que é noite. Quer tão só aproveitar o tempo de antena e condicionar a forma como as ideias do adversário são transmitidas, fazendo lembrar os jogadores de futebol que mergulham para o relvado fingindo que sofreram uma falta de forma a manipularem o árbitro contra o outro atleta. Aqui o árbitro são as televisões e a imprensa.

O PS é muito mau, mas a nossa imprensa é bem pior.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Passos é honesto mas PSD e PS são dois partidos corruptos. Porquê?

O PSD e o PS são duas máquinas partidárias corruptas.

Os militantes de base dos dois partidos e os simpatizantes que acham que ganham mais em não pagar quotas mantendo o estatuto de independentes (que não lhes desbota nem um bocadinho a cor partidária) sabem porque militam: para melhorar a sua vida. A militância num partido é uma carreira numa empresa como outra qualquer, à exceção que o dinheiro a distribuir é retirado aos contribuintes pelo fisco à força (é imposto).

Claro que há 100 ou 200 tipos com convicções no PS (totós porque senão saíam) e 1000 ou 2000 no PSD (menos totós porque são mais e pensam que podem dar a volta ao partido).

Depois há aquela PEQUENA diferença: no PS a corrupção vai até ao topo, é regra aberta. No PSD é um bocadinho mais escondida e põem muitas vezes na liderança um gajo honesto tipo Sá Carneiro, Mota Pinto, Cavaco, Santana Lopes ou Passos Coelho. Estes rodeiam-se de uns tipos honestos e uns tipos que são gatunos, mas andam a fingir que são honestos uns anos para enganar o chefe.

O PSD é assim por causa da herança salazarista e do sebastianismo.

PS e PSD juntos rapam todos os votos mainstream: os cínicos que pensam "roubam eles e roubaríamos nós se lá estivessemos porque somos todos iguais" votam PS e os naíve que andam sempre à procura de ter ao leme um homem exemplar votam PSD. Politicamente são gémeos, com esporádicas exceções tipo Sá Carneiro, Passos ou Santana que estão à direita do PS da sua altura.

A parceria PS e PSD funciona muito bem.

A única dificuldade é que para controlar o povo do PSD, por causa da tal treta da herança do sebastianismo, é preciso pôr no topo desse partido um gajo honesto e depois isola-lo e condiciona-lo pela máquina. Ele tem de perceber que para manter o poder tem de ir tolerando a máquina por muito que isso lhe provoque náuseas e tem de ir elogiando a máquina durante pelo menos quatro anos.

Os segundos quatro anos de um mandato do PSD são sempre muito perigosos porque o tal sujeito honesto pode ter a ilusão que está acima do partido, mas isso é um risco a correr, não tem solução, pois se a estratégia mudar e a corrupção for até ao topo, nasce um partido alternativo para o voto que procura um homem providencial e o PSD desaparece.

Passos tem uma dificuldade extra: apresenta-se como um homem comum, humilde, em vez de um grande professor ou um líder de nervos de aço como é habitual. Tem uma vantagem suplementar: o muito lento enriquecimento duma classe média-alta urbana, o contacto com a europa e a internet fizeram aparecer no meio do povo meia dúzia de almas liberais que fazem muito barulho. O contraponto de direita ao BE está no coração do PSD e vota Passos. Dos fenómenos vistos no mundo civilizado, ecologistas não temos, mas radicais de esquerda caviar e amantes da liberdade vão aparecendo.

Depois disto leiam o chumbo do Conselho da Revolução à lei do enriquecimento sem causa (injustificado) e leiam as reações dos institucionalistas do regime partidocrático - todos os do PS e muitos do PSD.

 Perceberam agora ou é preciso fazer um desenho?


31 da Armada: o Xico da Atalaia não percebe ou quer dar um golpe de estado?

Explicadinho na caixa de comentários do 31:

Caro Xico,
tem de compreender que se uma pessoa encaixa dois ou três milhões de euros, mesmo que legitimamente, pode não se ter lembrado de guardar os papeis que documentam a origem do dinheiro. Se fossem dois ou três mil milhões isso sim, já se percebia, c'os diabos, que o sujeito tivesse um TOC que lhe guardasse a papelada. Mas em Portugal NINGUÉM tem dois ou três mil milhões.

No que toca à malta que sacou os tais milhões ilegitimamente e portanto não tem documentos legais que justifiquem o dinheiro, é uma violência indigna dum Estado de Direito caçá-los por essa via. Porquê? Porque sim.

Imagine bem: um tipo rouba uns milhões de euros manipulando concursos públicos contra um depósito numa off-shore. Passa a comprar casas de luxo, viajar sempre em primeira, circular de motorista em carro topo de gama, almoçar em rodas de amigos em que quem paga tudo é o boss, tem sempre dois advogados atrás que ameaçam com processos quem o critica, deixa de ter de trabalhar e dedica o dia todo ao lobbying. Imagine isso. Agora imagine que, do nada, aparece um bófia ou um magistradozeco  e desata a exigir explicações, donde vem o dinheiro e o caraças. Não vê o estrago que isso provoca na qualidade de vida do sujeito? Não vê a grande fotografia? O mal que isso provoca ao passar a mensagem que para se subir na vida tem de se estudar, trabalhar, empreender tudo dentro da porcaria e da banalidade da lei comum? Então e os grandes talentos? Os AlCapones?

Não se apercebe do populismo de exigir autenticidade e transparência?

Você quer dar um golpe de estado? Quer derrubar a rede da cleptocracia que se foi instalando lentamente ao longo de 40 anos de regime? Seu Passos de m...

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Priaprismo: aguarda-se decisão do BE

A APDSP, Associação Portuguesa Defensora dos Sofredores de Priaprismo, solicitou ao Bloco de Esquerda uma audiência em que pugnará pela inclusão de uma vítima dessa doença como candidato elegível à AR pelo BE.

Caso o BE assuma essa causa fraturante, Portugal terá o primeiro parlamento da europa com um sofredor de priaprismo como deputado eleito.

As estações de televisão declararam que voltarão ao formato de entrevista com os políticos sentados, caso se confirme o acordo entre o BE e a APDSP

Sérgio Figueiredo chama nomes (ou a apoplexia do lambe-botas (via Insurgente))

Dei com o artigo de opinião de Sérgio Figueiredo no DN em que este insulta Santos Silva como nem Galamba insulta Passos Coelho.

Segundo Sérgio Figueiredo, Santos Silva tinha-lhe chamado nomes feios antes disso, nomeadamente tê-lo-ia qualificado de agir com cobardia.

Acredito que sim. 

Mas ao ler o artigo de Sérgio Figueiredo, publicado no Diário de Notícias, fiquei pasmado. Há muito tempo que não via um jornalista insultar com cobardia um político, usando um nível tão baixo. Não gosto de Santos Silva, mas a lista de impropérios e a sua densidade deviam levar a TVI a demitir o Sr. Figueiredo imediatamente.

Aqui vai a lista de insultos, a que junto uma da diatribe infantil (seguida de ponto de interrogação), tudo por escrito e num Jornal de grande circulação:

- Monólogo patético e deprimente
- Nem os caranguejos andam para trás (sim, andam para o lado, e depois?)
- Frouxo e roxo
- Asqueroso
- Sonso
- Cínico
- Contamina o ar que respiramos
- Irritante
- Vaidoso
- Arrogante
- Mesquinho
- Miserável
- Obsessivo
- Hipócrita
- Sem escrúpulos
- Malformado
- Imbecil
- Cospe para o chão
- Morre afogado num copo de água
- Soez
- Traiçoeiro
- Egocêntrico
- Malcriado

Tudo isto num único artigo que, percebe-se bem, podia continuar páginas e páginas até que acabassem os insultos disponíveis na nossa lingua.

Num único artigo.

Imagine-se que um jornalista escrevia sequer coisa parecida num país civilizado.

Não se trata de uma adjetivação depreciativa ou duas ou três, fundamentadas num antagonismo compreensível e proporcional, expressas num meio de comunicação de baixa penetrância.

Trata-se de um ataque sem limites num jornal de grande circulação ao nome de uma pessoa que até muito recentemente Sérgio Figueiredo elogiava (ver um mail no próprio artigo). Elogiava até em demasia, vergando a coluna.

Agora o Sérgio diz que lhe saltou a tampa, que é muito homem e que demorou este tempo todo até  chamar os nomes que chama a Santos Silva porque estava tentar aguentar a disenteria.

Sérgio Figueiredo, percebe-se, foi tratado de cima para baixo por Santos Silva e não teve capacidade de lhe responder precocemente, tentando a técnica do lambe-botas. Lambeu, lambeu e agora vai para o DN e vomita tudo. Já se percebeu que os donos do  DN têm medo que o PSD ganhe as eleições, mas nem isso chega para explicar a apoplexia do Serginho.

Não gosto da figura pública de Santos Silva. É um homem inteligente e culto, mas é arrogante e belicoso.

Nada que se compare com a vermicular verborreia do Serginho.

Ou o Santos Silva o põe em tribunal ou sai muito mal desta história.

Não conheço pessoalmente nenhum mas em política o que parece é e quer Santos Silva quer o Serginho são a imagem do regime e do país.

Se não são como parecem, façam-nos o favor de parecer outra coisa.



sábado, 25 de julho de 2015

Costa. Não esse. O outro

Há dois Costas na nossa costa. Do mais gorducho já dissemos algumas coisas. Falemos agora do magrinho.

Ricardo Costa é um dos serventuários de Pinto Balsemão, destacado golfista e membro do regime político  reinante.

Como bom serventuário de um regime podre de 41 anos (cá as coisas apodrecem depressa) Ricardo Costa está disposto a dizer o que for necessário para servir o patrão.

Dei hoje com um artigo de opinião seu no expresso, datado de 24.7, que revela bem a sua incompetência e falta de ética intelectual.

Não vou demorar pegando em todos os detalhes pois são maçadoramente numerosos. Escolho, portanto.

O Costa magro recorda frases chave da entrevista de Passos na TVI e em que o PM se saiu muito bem. Põe a bold a que agrada ao PS do Costa gordo : o IVA não vai descer. Claro que se esquece de apontar a autenticidade e a frontalidade dessa resposta e como ela se distingue das do Sócrates, o Falso, e das do Costa, o Batatoon indeciso. Em vez de titubear, prometer e mentir, Passos dá respostas diretas.

Depois dá parangonas a uma ideia irrelevante "o programa está quase a sair do forno", como se tivesse relevância especial o timing do programa eleitoral duma coligação que governa há 4 anos. Como se nós não valorizássemos mais os atos que as palavras.

Depois Costa, esquecendo a lição inglesa, garante-nos que ninguém vai ter maioria absoluta. Ora nisto o magrinho devia ter mais cuidado. Pode sair-lhe o tiro pela culatra.

De seguida cita outro incompetente e serventuário de Balsemão, um tal Silvestre que de estatística económica percebe pouco, para garantir que a devolução da sobretaxa de IRS pode mesmo ser total em 2016.
É preciso ser o que é para dizer tal coisa. Mas ele diz e, ao que parece, o regime paga-lhe para isso.

Acabo com uma sugestão troglodita do Costa magro: que os médicos e enfermeiros dos centros de saúde em vez de telefonarem aos doentes e aos profissionais que por definição não estão sentados numa secretária como burocratas e usam as comunicações que dominam o mercado, em vez de ligarem para os seus telemóveis como acontece em todo o mundo, liguem pelo skype e quejandos! Pelo skype diz o cretino anunciando que a Meo, a Vodafone e a NOS foram substituídas com eficácia à data de Julho de 2015 pelo país fora pelo skype e afins. Mas ninguém diz a este adolescente tardio que abra os olhinhos?

Já no fim desata a citar quantos autores conhece para tentar provar aos ignorantes que é culto (pois os cultos sabem como são baratos os livros e as apps de citações) e chega a atribuir o fim do regime da Coreia do Norte comunista ao mau calçado romeno.

Quanto a um regime político como o nosso, em que o amiguismo é de tal monta que este Costa tem os tachos que tem, estamos conversados.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Fome: Socialistas engalfinham-se por lugares nas listas de deputados

Cheira-lhes a tacho.
Há muitos anos que não se via tanta fome de dividir o dinheiro dos contribuíntes.
No PS renasce a velha máxima de Sócrates: precisamos do vosso dinheiro para dar aos nossos amigos.

Fica  a pergunta: no meio daquele saco de gatos esfomeados há algum líder?

sábado, 18 de julho de 2015

Costa volta a intrujar

António Costa, o Batatoon, volta a intrujar afirmando que o PSD tem um regulamento em que se prepara a expulsão do primeiro deputado que discordar da linha oficial.

Logo o PSD que, bem ao contrário do PS, é o partido com maior tradição interna de liberdade de opinião "by far". Basta ligar a televisão para ver inúmeras figuras gradas do PSD a criticarem outras figuras do partido, nomeadamente o Governo e os seus ministros. No PS não há sequer uma amostra disso e no CDS as críticas seguem-se invariavelmente do abandono do partido.

O PSD, e em menor grau o BE,  é um caso único de liberdade de expressão em Portugal.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

ADSE e prejuizo

O Partido Socialista e o seu líder António Costa estão indignados porque a ADSE deixou de dar prejuízo.

Pedem explicações atrás de explicações.

O Tribunal de Contas, quase tão mau como o Tribunal Constitucional, pela voz dos seus burocratas que nunca criaram um empresa também se indigna com a falta de prejuízo do dito seguro de saúde.

Se acabam os prejuízos como é que se leva o país outra vez para a bancarrota?

A diferença entre a Igreja e o PS

O PS e seus apoiantes, incluindo vários Bastonários da Ordem dos Advogados, declararam as denúncias anónimas de crimes de altos membros do governo de Guterres e Sócrates como anti-éticas.

A diocese de Coimbra pede a denúncia anónima ou não de crimes de pedofilia por membros da diocese.

Um dos dois está do lado das vítimas e o outro do lado dos criminosos.

Quem é quem?

Fair enough

She listened, and she gave her opinion, and I think that is fair enough, 14-year-old Palestian girl Reem says a day after German leader's, Angela Merkel, response.

Correr com eles, diz o novo animal feroz.

    António Costa continua a revelar que por debaixo daquele véu delicodoce demagogo que foi mantendo na televisão está uma alma pequenina e vingativa. A última aquisição da sua linguagem é que vai "correr com eles". 

    Eles quem? Os corruptos que tomaram conta do país como Vara e o preso 44? A película de sanguessugas quem impede o país de crescer, como os banqueiros e os pseudo PINs que o PS sempre protegeu? 

     Não. Para Costa "eles" são quem discorda do PS e a sua incompetência que faliu o país, da sua duplicidade de quem diz que pediu dinheiro emprestado porque a Merkel e vizinhos sugeriram que assim fosse, mas essas opiniões já não serviram quando se tratou de travar a espiral de endividamento e  adotar o rigor para responder à desconfiança dos mercados. 

      Costa não afirma políticas, opções, estratégias. Costa quer correr com pessoas.

      Infelizmente para Costa não se pode ser violento e moderado ao mesmo tempo e à medida que o desespero socialista aumenta, cai a máscara e surge o rosto Socrático dos putativos animais ferozes sedentos de deitar as mãos ao orçamento de Estado para o distribuir por novos GES. O PS Socrático voltou em peso e a ala Segurista já percebeu que vem aí o exílio de novo e por longos anos.

      A sua linguagem não engana ninguém, mentindo quando acusa Passos de mentir, querendo "correr com eles" quando finge que "eles" são o PSD, mas na verdade são todos menos a própria máfia  Socrática de que Costa continua a ser apenas o número dois.


quinta-feira, 16 de julho de 2015

Aldrabão acusa pessoa séria de mentir. Se calhar é falso.

Costa, o novo Batatoon, anda desvairado insultando diariamente o Senhor Primeiro Ministro.

O novo Batatoon, que parece ser muito amigo do Professor Nódoa que aí se arrasta declamando poemas, citando autores em rajada e jurando que há-de ser presidente (envergonhando os três tontos que tendo sido mesmo presidentes, decidiram apoiar o candidato do Livre), chama nomes ao Senhor Dr. Passos Coelho, principalmente diz que ele é um aldrabão.

Diz mais: afirma que sempre que o Senhor Primeiro Ministro fala devemos desconfiar que é aldrabice e dá como exemplo a ideia que o Senhor Dr. deu aos seus pares europeus sobre como resolver a última dificuldade que impedia o resgate à Grécia.

Acontece que essa intervenção portuguesa foi já confirmada por jornalistas internacionais (nomeadamente do Guardian) que acompanharam a cimeira europeia.

Portanto ou o Batatoon é ele o mentiroso (o que sendo amigo do Sócrates, o Falso, não espanta) ou é vítima duma fase de excitação. Os machistas chamavam a isso o "período" quando a excitada era do género feminino, mas isso já não se usa.


segunda-feira, 13 de julho de 2015

Costa e a Grécia

Há um levantamento de parte do Syriza que se recusa a aceitar aquilo que descreve (com boa verdade) como uma capitulação de Tsipras à Alemanha.

O Syriza vai partir-se, esboroar-se, e podemos agradecer isso a Merkel.

O Podemos em Espanha está em queda livre e agradecemos isso a Merkel.

O Costa dá saltinhos a dizer "fui eu, fui eu e o Hollande".

António Costa não é o nosso Bush com as suas gafes. António Costa é o Batatoon.

António Costa: acordo só foi possível graças aos socialistas europeus

Sim, claro.

Sendo um acordo subscrito por unanimidade só se podia alcançar com a concordância de todos, desde o Syriza de Tsipras à coligação de direita Finlandesa.

Mas essa é a parte formal.

A parte substancial, a austeridade maciça e a perda de soberania até em coisas pequenas, só foi possível porque o Syriza e muitos socialistas europeus ajoelharam à Sra Merkel que geriu muito bem os interesses contraditórios de parte mais inflexível do seu próprio partido e da pressão francesa. Muitos mas não todos, pois o SPD alemão manteve-se relativamente coerente.

Já o PS português dobrou a cabecinha à austeridade como um bom servo da gleba.

Costa, o oportunista indeciso,  passa de defensor do Syriza a defensor de vergar o Syriza, sendo obrigado pela a Europa a mandar para o lixo a opinião do povo grego cinco dias depois de expressa e todo o seu programa eleitoral seis meses depois da eleição.

Com que valor fica a opinião referendária do povo grego, o famoso Oxi? Com o mesmo valor que tem a opinião do António Costa: zero. 

#PorAcasoFoiIdeiaMinha

Ana Catarina Mendes defendeu oficiosamente o relevante papel do António Costa, o Oportunista Indeciso, na resolução do problema Grego.

Porquê? perguntará boquiaberto o primeiro incauto.

Por dois motivos.

Primeiro porque num intervalo daquela correria do Costa sempre atrás do Hollande para ver se aparecia nas fotografias, o Oportunista Indeciso reforçou que era preciso Unidade.

Segundo porque disse que era preciso um caminho alternativo e que esse era duplicar a austeridade grega.

Confesso que poracasodevetersidoideiadele.

domingo, 12 de julho de 2015

Genocidio de Srebrenica, limpeza étnica da Albânia e o Partido Socialista

Quando os Sérvios perpretraram o genocídio de Srebrenica e outras infâmias de que destaco a tentativa de limpeza étnica da Albânia, lembram-se o que diziam os Socialistas, os Comunistas, os Bloquistas "em potência", os Migueis Sousa Tavares e quejandos, dos agressores? E o que diziam dos que deram um murro na mesa para travar a agressão?

Lembram-se? É politicamente incorreto, incomoda, mas eu lembro.

Já agora recordo um comentário que escrevi sobre um artigo que o menino família Miguel Sousa Tavares escreveu no Público, intitulado A Derrota Moral do Ocidente e em que atacava não os genocidas mas os democratas que diziam não aos genocidas e que o Público recusou publicar, como seria de esperar (Balsemão não dorme).

A Besta segundo Miguel Sousa Tavares

Num artigo intitulado ‘A derrota moral do Ocidente’, o Dr. Miguel Sousa Tavares manifestou um conjunto de opiniões curiosas, servido por frases fortes, que merecem alguma descodificação e para o qual pretendo contribuir com o seguinte Breviário para os leitores menos atentos:

Guerra-Cobarde – De evitar; as convenções internacionais deveriam determinar um número mínimo de baixas para qualquer das partes envolvidas em conflito armado, mau grado a justeza das causas envolvidas. Caso não se verificassem durante o decorrer do conflito as contas ajustar-se-iam no fim deste ou anualmente, no caso de conflitos prolongados. O princípio seria progressivamente estendido a todo o uso da força – por exemplo, os polícias seriam sempre condenados a uma fracção da pena de prisão imposta aos criminosos que prendessem.
Inimigo-Soterrado-que-Maldiz-o-Céu – Forças militares e paramilitares sérvias (FMPS) que se desenterram, com frequência acima da desejável, para esvaziar uma nação dos seus habitantes de superfície; Variante de : ‘Inimigo Soterrador’ – FMPS dedicadas á organização e execução de atrocidades várias, soterrando depois boa parte das vítimas.
Guerra-Cobarde-Que-Não-Atinge-Alvos-Militares – Sentido lato de Guerra-Cobarde-Que-Não-Atinge-Militares-Alvo; Inclui a destruição de pontes por onde os militares inimigos já tinham dito que não passariam sem avisar, e outras acções quejandas. Não aconteceu nas guerras anteriores (é uma invenção dos americanos).
Guerra-Moralmente-Insustentável-I – A que pode vir a permitir que uma velha nação perseguida se autodetermine, conforme a vontade do seu povo (uma futura reunificação da nação albanesa é ‘ilegítima’ porque sim).
Guerra-Moralmente-Insustentável-II – A que dispensa a geografia e proclama o Kosovo bem mais perto de Moscovo que a Turquia, a Polónia ou a Hungria e depois lhe assenta com bases americanas em cima, vigiando de perto a temível Belgrado (detentora da bomba atónita).
Guerra-Moralmente-Insustentável-III – A que acha que a Produção, Realização e Apresentação mundial da limpeza étnica dos albaneses estava em curso debaixo dos olhos impotentes dos observadores da OSCE, bem antes da entrada em cena da NATO, e que continua ainda, executada pelas mesmas mãos comandadas pela mesma vontade, afinal de contas ainda não tão soterradas como isso.
Milosevic-Oferece-Tudo – Mas... não foi você quem disse que ainda não desaprendeu de reconhecer a Besta quando a sente, Dr. MST?
Censura-À-Bomba – Uma boa expressão para traduzir uma ideia razoável, mas que ainda assim não salva o seu artigo.
P.S. – vem Pior de Seguida
Argumentação-Entre-o-Ridículo-e-o-Terrorista – Aquela que zurze a dos donos da verdade.
Generais-Babados-De-Prazer-Enquanto-Disparam-E-Adolescentes-Serial-Killers –Tem a ver com o Kosovo. Tem a ver. Tem de ter a ver.
Cruzada-Americana-Pela-Virtude-Que-Extravasou – Coisa nova; rever a constituição americana e a retórica dos Ianques durante a 2ª Guerra Mundial, para se perceber como é recente esta cruzada pela virtude cívica e política.
Americanos-A-Defender-Os-Muçulmanos-Do-Kosovo – Impensável; ignorância profunda dos que não vêem que os Estados Unidos só defendem quem bebe Coca Cola e jura fidelidade à Bíblia, com a possível excepção dos Bósnios que é sabido serem Budistas (além disso são os Judeus que mandam na América e os Judeus não gostam de muçulmanos como os Albaneses ou os Turcos).
Os-Maus-Que-São-Sempre-os-Outros – Nem tanto, pois o seu artigo é mau e é dos nossos.

A Besta – Gostaria de saber como, após anos de múltiplas estratégias diplomáticas, se trava a Besta que se sente, já agora com alguns exemplos históricos a comprovar a bondade da solução proposta (por favor não incluir as velhas histórias de Timor e dos Curdos, pois todos sabemos que  I) a História ainda está a ser escrita e II) o facto da justiça não conseguir prender todos os criminosos não é razão para deixar escapar os que se apanham).

Para-Terminar – MST tem contribuído muitas vezes para o debate de questões relevantes com opiniões corajosas e esclarecidas. Desta vez esteve a grande distância da razão.






Número dois de Sócrates acusa Passos Coelho de ser desonesto

António Costa, número dois de Sócrates, protetor de Paulo Pedroso e membro da tropa fandanga em que pontua Armando Vara, o putativo saca-milhões, acusa Passos de ter dois programas eleitorais:

Um que apresenta publicamente.

Outro que é secreto mas em que se sabe estar incluída a diminuição do valor das pensões.

António Costa, número dois de Sócrates, amigalhaço dos Ferros Rodrigues e dos Júdices, não apresenta provas de tal acusação. Quer dizer ele tem uma prova que dificilmente é ultrapassável: quando olha ao espelho vê um cobarde político e um oportunista. Ora esse tipo que aparece no espelho não pode por definição ser pior que o resto da malta. Daí que Passos não possa ser melhor que ele. 

Sendo ele próprio politicamente desonesto, dizendo ele o que for preciso dizer para ganhar votos, Passos há de ser o quê?

Aos olhos dos desonestos não pode haver ninguém decente.

sábado, 11 de julho de 2015

Estrela Serrano, via Insurgente

Vergonhoso o artigo de Serrano em que esta acusa Passos Coelho de andar a mostrar a mulher doente com um cancro para ganhar votos.

Revelador de uma indiferença sem nome para com o valor da vida humana, de um facciosismo que gera repulsa, de uma falta de reconhecimento da coragem pessoal de uma pessoa com o recato da mulher de Passos que é prova da sua própria cobardia pessoal.

Serrano podia ter sido ministra de Sócrates e de Costa. Tem estatuto ético para tanto.

Grécia: fora de controlo

O referendo tornou a crise grega uma coisa fora de controlo.

O povo grego votou contra o acordo. Não foi apenas Tsipras que fez zig-zag. A nação grega votou contra.

Seria inteiramente anti-democrático para a europa assinar um acordo com um governo que trai a vontade do povo grego.

A "vitória da democracia contra a austeridade" como dizia a extrema esquerda portuguesa, torna a assinatura de um plano de austeridade por parte de Tsipras não apenas ilegal e não apenas uma farsa, torna-a inadmissível.

Para os Gregos é fácil: Oxi vira Nai e Nai vira Oxi à velocidade da luz. Para os Portugueses e Espanhóis seria fácil. Mentir é normal.

Para os europeus do norte é muito difícil. O povo grego podia não ter sido convocado a pronunciar-se por Tsipras e Varoufakis. Mas foi.

E disse Oxi.

Costa e o caso António José Seguro: Oportunista ou Vingativo?

Há elementos no percurso recente de Costa que provam que o Sr. é um oportunista, como já o era Sócrates (um oportunista sem ideologia, como explicou o socialista "Liberation").

Há também elementos que apontam no sentido de, apesar do tom conciliatório oficial, o Sr. ter um impulso vingativo sobre quem não é amansado pela retórica e lhe mantém críticas. O não ter convidado o seu opositor interno TóZero Seguro para a lista de deputados é mais um facto que aponta para a mesquinhez do barão rosa.

Levanta-se assim a questão: trata-se de um oportunista como Sócrates ou de um vingativo como Cavaco?

Julgo que nenhuma destas caracterizações explica Costa, mas não excluo a hipótese sintética de ser  um homenzinho oportunista E vingativo.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Oxi explicado ao ritmo do cantar alentejano

Seria interessante ver aquelas quatro senhoras estridentes, Heloísa Apolónia, Ana Drago, Joana Amaral Dias e Catarina Martins, conterem as hormonas aos saltos e explicarem-nos num musical (talvez ao ritmo de um cantar alentejano), porque é que votar Oxi e fazer Nai é uma grande vitória da democracia grega.

Também podia entrar o Jerónimo de Sousa mascarado de Catarina Eufémia se for indispensável serem cinco para serem considerados oficialmente um coro.

Aí, sim, se nos dessem melhor música perceberíamos a grande derrota dos defensores da austeridade.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Tsipras de joelhos?

Tsipras aparentemente caiu de joelhos, cedendo em toda a linha, aceitando um corte nas pensões e um aumento do IVA (sem aumento descabelado do IRC) no contexto de um terceiro resgate e deixando que a diminuição da dívida so ocorra num segundo tempo depois de a Grécia provar que cumpre.

Um novo corte de pensões e um novo aumento do IVA.

Era isso que significava em Portugal o segundo resgate para que o PS nos empurrava.

Safámo-nos do PS a tempo.

Tsipras, e a esquizofrenia da Grécia

Tsipras apela a que a Europa salve os Bancos Gregos, que est\ao na fase final de colapso.

Isto ao mesmo tempo que critica a Europa por ter salvo os bancos (principalmente os alemães que aliás perderam muito mais que os bancos portugueses com os empréstimos perdoados à Grécia).

Para uma pessoa normal, com uma cultura política média, impedir o colapso dos grandes bancos é um dever do estado. Sem bancos não há economia moderna. Sem bancos volta-se à Idade Média.

A Europa salvou os bancos e salvou a Grécia e é vituperada por isso por Tsipras.

Agora, com uma conversa esquizóide, propõe no PE que a Europa salve os Bancos (gregos) e a Grécia.

Vale tudo para o homem que ri muito.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Hollande lidera

Como ninguém sabe se, após o circo plebiscitário do espasmo referendário grego, Tsipras volta uma vez mais atrás, como é costume (talvez com o apoio que agora tem de todos os partidos gregos, os mais radicais de entre os radicais do Syriza deixem de o ameaçar com eficácia internamente), há uma corrida entre alguns líderes europeus para não ficarem com a imagem colada à saída da Grécia que todos desejam.

A saída da Grécia do euro gera um fenómeno que eu descrevo como "tipo bomba atómica". No tempo em que ocorrer terá o apoio da esmagadora maioria dos europeus. Mas passado um tempo, à medida que as imagens da miséria de Atenas encherem os media, o povo vai mudar de sentimento, vai esquecer seletivamente o que levou ao suicídio grego e vai procurar bodes expiatórios. 

Nessa altura ninguém vai querer ficar com o rótulo do dirigente que correu com a Grécia.

Esse risco de imagem, mesmo não sendo certo que seja duradouro, alimenta a fachada das doces palavras dos dirigentes dos governos da europa.

Ora nesta corrida Hollande e Sapin têm liderado, passando a perna a Merkel.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Saída da Grécia

Ou a Grécia cede e faz, depois do Não, muito mais reformas do que as que recusou antes do Não, o que não é impossível mas é altamente improvável ou sairá do euro e voltará ao Dracma. Para tais reformas Tsipras teria de conseguir encontrar na oposição deputados que substituíssem os do Syriza que o abandonariam ou cairia.

Apesar da imprevisibilidade, o que parece estar a acontecer é o seguinte: a Europa quer que a Grécia saia do Euro mas quer que pareça que isso sucede por culpa dos Gregos. Nem Merkel, nem Holland querem que os seus nomes fiquem ligados a essa decisão pois a fome e a miséria que aí vêem ser-lhes-iam imputados para sempre.

A Grécia, parece, terá de sair mas ninguém quer aparecer na fotografia do seu empurrão.

A coisa demorará um certo tempo e terão de se ter certos cuidados teatrais, portanto.

Asiáticos

Quando a Grécia venceu o campeonato europeu de futebol fui assistir aos seus festejos em Lisboa. Para meu espanto eram festejos ululantes de gente que cantava em coro como os russos e outros povos do oriente. Não era cada um expressando-se segundo a sua alma. Funcionavam em bloco, massas humanas como se fossem um organismo só.

Apesar dos rostos europeus o seu comportamento pareceu-me mais asiático que ocidental.

Agora enquanto dançavam e cantavam em coro na praça Syntagma em Atenas, jornalistas portugueses perguntavam a grego após grego: e amanhã vai ser um dia melhor? 

A resposta era sempre a mesma: amanhã não sei mas hoje danço.

Pois.

Leiam "O Jogador" de Dostoievski e perceberão quem pensa no dia de amanhã e no dia de depois de amanhã: os ocidentais e os alemães.

Hoje os Gregos dançam e amanhã os Gregos choram.

Tomates têm. Cérebro não.

Os gregos podem ter saído do império Otomano, mas o império Otomano não saiu de dentro dos gregos.

A vida continua.

O colapso

Ao contrário do que todas as pessoas pensavam na europa o Sim perdeu na Grécia. O Não ganhou por larga margem.
Ao contrário do pensamento perturbado de muita gente, Merkel sabe que o que decidir sobre a Grécia será decisivo sobre o percurso de Espanha. Os contribuintes Alemães e Franceses têm dinheiro para sustentar a Grécia sem que esta tenha de trabalhar, mas não conseguem sustentar a Grécia, Portugal e a Espanha. 

A Grécia colapsará 

sábado, 4 de julho de 2015

Costa, o doce indeciso

António Costa quer ganhar as eleições. Quer ser primeiro-ministro.
Isso é normal.
António Costa é infelizmente um neo-indeciso. Parecia a alguns no passado que o Sr. sabia o queria e esses alguns multiplicaram-se em elogios em relação a este político. Para onde foi essa postura?

Morreu vítima do oportunismo. Costa sabe o que quer, mas muito mais do que quer para o país quer ganhar as eleições. As suas pobres convicções soçobram perante a vontade de ganhar.

Bonito, bonito é vencer explicou um dia o velho Soares.

Costa quer vencer e tudo desaparece perante essa vontade seminal. Como está sequioso por ganhar vantagem vai apoiando ao sabor do vento o que parece a cada momento estar na moda. Só que a moda muda mais depressa que o nosso esquecimento.

Costa já foi pró-Syriza e já foi anti-Syriza. Deu-se mal e passou a imagem de um tonto. Agora teve uma ideia: apesar da Grécia estar em negociação com a europa e ser isso o cerne do referendo, Costa diz que não emite opinião a bem do respeito pela soberania grega. Como não é primeiro ministro, mas apenas um político nós percebemos de imediato o problema dele:

Costa não sabe quem ganha o referendo, apesar de suspeitar que vai ganhar o sim. Se ganhar o sim não sabe que dimensão vai ganhar a histeria da esquerda contra a "chantagem" europeia. Por isso cala-se. Se soubesse o que iria suceder, o oportunista tiraria desde já vantagem disso. Mas não sabe. Como não tem autenticidade cala-se para, no fim do jogo fazer então prognósticos e tentar navegar a onda.

Costa é adocicado no estilo, mas demasiado indeciso para ser primeiro-ministro.

Infelizmente esse defeito é pequeno quando comparado ao nosso principal problema: impedir que os amigos de Sócrates e Costa se sentem à mesa do orçamento a dividir o dinheiro dos nossos impostos.

Pacheco Pereira: um bom sinal

Leiam por favor o post colocado hoje no Abrupto por PP.

O desespero que leva à insensatez do inimigo figadal de Passos Coelho é sinal de duas coisas:

PP acha que o Sim vence na Grécia e a seguir Passos vence cá.

Está aflito, rasgando vestes e arrancando cabelos.

Bom sinal.

Grécia: Sim ou Não ao Euro e em que tempo

No curto prazo para nós o melhor seria a vitória do Não na Grécia. A saída da zona Euro levaria ao colapso da esquerda que aterroriza e mente à população desse país e mataria de vez o Podemos na vizinha Espanha.

A Europa cerraria fileiras em torno de Portugal e da Espanha e a nossa situação melhoraria bastante, após um susto que não duraria mais que curtas semanas.

O colapso da Grécia arrastaria a esquerda portuguesa, nomeadamente o pobre oportunista António Costa, para um mau resultado.

No curto prazo o melhor para a Grécia seria a vitória do Sim. O governo cairia, mesmo que não imediatamente. A esquerda portuguesa chiaria que houve chantagem da europa sobre a Grécia, mas a população saberia que essa chantagem também ocorreria sobre Portugal se seguíssemos o caminho da Grécia. A derrota da esquerda nativa ocorrerá quer ganhe o sim quer ganhe o não pois ambos são o confronto do bluff com a realidade, mas seria muito maior nos nossos tempos eleitorais se o não ganhasse.

A longo prazo ninguém sabe.

Se a Grécia se reformar e arregaçar as mangas pode sobreviver no euro. Se mantiver hábitos antigos tem de sair, idealmente a médio prazo - após a saída dos loucos.

Isto se o euro se continuar a reformar, como tem acontecido com Draghi. Nenhuma política monetária que só serve os interesses da Alemanha pode interessar a toda a Europa. Para nos servir precisamos de um dólar, não de um marco.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Presidente do PS quer libertar Sócrates se o partido ganhar as eleições. Pedroso concorda?

Para promover a separação de poderes e evitar pressões sobre a Justiça, o presidente do Partido Socialista Carlos César já esclareceu que tem como objectivo a libertação de Sócrates. Quem diz Sócrates diz qualquer outro dirigente de topo do PS acusado pelas autoridades de aproveitar os cargos que lhes permitem acesso ao dinheiro dos contribuintes para enriquecer.

Já imagino António Costa, César, Ferro Rodrigues, Galamba, Manuel Alegre, Paulo Pedroso e o Bloco de Esquerda a receberem em braços no Parlamento José Sócrates.

Como explicou no passado Manuel Alegre "não foi para isto que fizemos o 25 de Abril".

O regime no seu melhor.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Grécia: a loucura de um referendo que não muda nada porque já mudou tudo

O Sim à Europa vencerá na Grécia, mas a resposta europeia não mudará muito.
Isto num sentido contrário ao habitualmente ventilado na imprensa.

A Europa, mesmo aqueles que criticam o comportamento irresponsável dos Gregos na última década e que se agudizou recentemente, não tolerará o espetáculo dum colapso grego à Argentina. Isso é ainda mais impossível porque se tal acontecesse milhões de gregos migrariam para os países do norte mesmo que fosse para serem pobres e desempregados aí.

Tal como o Governo cedeu na Grécia, perdendo com isso definitivamente o referendo e por larga margem (perdê-lo-ia de qualquer forma), a Europa cederá.

A dívida grega será parcialmente abatida e a Europa arranjará forma de entrar dinheiro nesse país não apenas para pagar dívida mas para investir.

Berlim ganhou o jogo de póker com o governo de Tsipras porque não podia perder a Espanha para o Podemos.

O povo grego percebeu finalmente que tem de ser competitivo e haverá reformas estruturais.

Dinheiro chegará à Grécia em breve.

É inevitável.