domingo, 29 de maio de 2011

A necessidade de diversificar os media

Em Portugal quer a imprensa escrita quer os media audio-visuais são dominados pelo conservadorismo de centro-esquerda que impõe o que é politicamente correcto. A linguagem, os factos e temas escolhidos, os termos do debate, os interesses fácticos infelizmente dependentes do orçamento de Estado, o esboço apenas da especialização, fazem da informação portuguesa uma aliada da cultura política que o PS representa.

O programa televisivo Prós e Contra é um exemplo típico: fora do período eleitoral em que se compete por votos e portanto têm de se criar divergências, muitas vezes menores e artificiais, o programa mais se podia chamar de prós e prós. Durante a Guerra do Iraque, para dar um exemplo de um episódio em que era fácil encontrar opiniões antagónicas, quando se queria um debate sobre a guerra se convidavam pessoas de direita que eram CONTRA a intervenção para debater com pessoas de esquerda que eram CONTRA a intervenção!

Apesar destes media representarem sem dúvida um  posicionamento representativo e em boa parte "mainstream" não representam todo o espectro politico-cultural do país.

É por isso urgente que se criem meios de comunicação abertos a outra mundivisão que não a socialista / socialdemicrtatica.

Quem está disposto a dar esse passo?

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Almeida Santos e o Beijo de Judas

Se não aconteceu...

Almeida Santos, a mando do Pai Soares deu o Beijo de Judas a Sócrates com o elogio do patriota. Como disse atrás marcou-o para morrer.

Agora o filho é chamado para "damage control", tentando acordar velhas solidariedades do tempo da cabala do PS contra a Justiça nos tempos mortais do caso Casa Pia, e tentando que certa gente acorde para uma ameaça diferente da ameaça que os devoradores do orçamento do estado sentem com a perda de Sócrates.

Julgo que não irá a tempo nem tem para tal talento.

Soares, o Pai, marcou Sócrates para morrer. Está marcado.

Mas há um pequeno problema : Sócrates. Pinto da Costa sentiu esse problema quando Mourinho foi treinador do Porto. Se bem que no caso de Mourinho este fosse tecnicamente  de uma competência excepcional e Sócrates seja incompetente e se bem que Mourinho não fosse claramente Portista e Sócrates pareça ferrenho, há semelhanças.

Os Aliados - com os dos dois pólos tradicionais do PS (os moderados Soaristas e a esquerda Sampaísta) - não podem ter a certeza de conseguir vencer o Eixo Sócrates - Polvo.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Grécia

O risco de colapso da Grécia pode ter impacto na nossa campanha eleitoral.

Curiosamente, ou talvez não, Passos Coelho continua a acertar.

Acertou quando não demonizou o FMI, ao contrário do que fazia Sócrates. Hoje vemos que o FMI é bem mais racional (para ser inocente) do que a UE.

Acertou quando fora de Portugal afirmou que o déficite previsto para 2011 (e 2012) tinham de ser aumentados.

Acertou quando exigiu que fosse dado ao próximo governo alguma margem de manobra.

Acertou, contra corrente, quando quis um programa eleitoral com clareza e compromissos.

Acertou quando assumiu que a dívida externa podia ter de ser reestruturada.

O curso dos acontecimentos na Grécia e a taxa de juro abusiva que a UE nos está a cobrar têm dado credibilidade a Louçã e a Passos Coelho. Sócrates não tem nada para dizer. Limita-se a mentir e a assustar as pessoas contra o PSD.

Muito pode mudar até dia 5.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

terça-feira, 24 de maio de 2011

PSD a subir; CDS forte.

O pânico ameaça instalar-se nas hostes de Sócrates, o Falso.
Muitos socialistas abrem garrafas de champanhe.

O ciclo que finda é o mais grave exemplo de destruição económica desnecessária do país.

Em Portugal não houve crise na banca como em Inglaterra, na Islândia ou na Irlanda.

Em Portugal, como na Grécia, uma elite egocêntrica e patológicamente mentirosa devorou o orçamento de estado durante seis anos e vendeu o pais para salvar a pele nos últimos dois anos.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Medicina

Iniciámos postagens na página "Medicina". O blog está assim a funcionar com três páginas activas: Política, Sociedade e Medicina.

A Experiência de Abrantes

Abrantes parece ser uma personagem colectiva em que ao contrário do que acontecia com Pessoa e muitos escritores e comentaristas, a mesma personagem é partilhada por diversos autores. Para usar a terminologia netiana, em vez de a um bloguer corresponderem vários nicks, a um nick correspondem vários bloguers.

Perde-se a coneção de autenticidade mínima, mesmo onírica, entre autor e voz pois se todos sabemos que um autor pode ter várias vozes já é impossível vários autores terem a mesma voz.

Mas esse não é o problema de Abrantes. O problema de Abrantes está ligado a esse aspecto patológico de personalidade múltipla porque se concentram nessa voz não apenas o disfarce da turba mascarada de homem mas, muito mais, o disfarce de meios eventualmente ilegítimos que profissionalmente se dedicam à busca de informação para destruir pessoas singulares ou colectivas. São essas questões dos meios e do anonimato que tornam diferente a ameaça que Abrantes impõe à liberdade e à privacidade. 
Abrantes tem os meios de uma polícia e a motivação de perseguir ideias como quem persegue malfeitorias. Mas Abrantes faz ainda outra coisa: mistura alhos com bugalhos para fazer mal a ambos.

No Ocidente achamos que aos alhos o que é dos alhos e aos bugalhos o que é dos bugalhos.

Este post no Albergue Espanhol foi mal recebido em vários quadrantes por motivos de identificação partidária. Mas também por razões de principio: presumir que o trabalho de um jornalista é mera correia de transmissão dos interesses do partido a que pertence a filha é mau e obriga-nos a pedir prova dessa intenção (o que é geralmente impossível e neste caso eventualmente falso), publicar relações de parentesco com a mera intenção de diminuir uma pessoa pelas acções, imagem ou ideias de outra, é mau e usar essas estratégias para servir interesses de um grupo é mau.

Sem querer fazer equivaler o referido post à Câmara C, não confundindo infelicidade que qualquer um pode ter com o que a CC é, a verdade é que continua muita gente de sobreaviso em relação aos sinais de que os boys do PSD dêem agora que têm pouco poder, para que se antecipe o que farão amanhã com o estado à sua disposição. 

A experiencia de Abrantes não pode ser repetida nos próximos 4 anos. O Ovo da Serpente, agora a arrefecer, não deve ser incubado de novo mesmo que a incubadora seja laranja.

Portas precisa de um novo trunfo

Depois da retoma de energia na campanha de Passos Coelho, Paulo Portas precisa de um trunfo para ser relevante.

Não é certo que perdida a capacidade de assustar os eleitores com Pedro Passos Coelho, Sócrates, perdidos muitos votos úteis, não decida virar à esquerda combatendo o BE no seu território.

Para isso precisa de outdoors e deixará de poupar Portas. Sócrates e a imprensa socratina. Libertos da obrigação de poupar Portas e juntando ao agradável o útil de agradar ao futuro primeiro ministro, Passos, a imprensa pode tornar-se num espinho contra o PP.

Que trunfo?

Uma declaração de Freitas a favor de Portas seria ouro sobre azul. Está totalmente dependente de Freitas que também deve estar a ser assediado pelo PSD.

Uma viragem à esquerda, por exemplo um ataque sustido à decisão do Banco de Portugal a favor dos bancos no empréstimo à habitação, assumindo Portas o compromisso de impedir a liberalização unilateral desses spreads teria um enorme público alvo. Uma decisão a favor da protecção dos fiadores - figura jurídica que marca a usura dos bancos pois não é parte interessada no negócio - teria um efeito complementar.

A desistência de um ou dois pequenos partidos a favor do CDS com a criação de uma mini-AD em torno do CDS seria também ouro sobre azul, apesar do risco envolvido. O MEP e o MPT seriam bons alvos. Parece difícil. Um apoio de Roberto Carneiro seria uma alternativa.

España me encanta! (o arrastão e o 5 dias que me desculpem)

Vitória histórica do PP.

domingo, 22 de maio de 2011

Revolução e Imitação da revolução

A internet está a facilitar as revoluções mas não apenas.

Está também a facilitar as imitações.

Era bom que o 5 dias atentasse nisso.

Diversificação

Iniciámos postagens na página sociedade.

sábado, 21 de maio de 2011

Primeira República

Ultimamente tem sido referido o espectro da Primeira República como atracção fatal da nossa democracia.

Um leitor, sob o Nick Skeptikos, comentou "Gostei (do debate Passos-Sócrtaes) e PPC surpreendeu-me pela positiva e pela 2ª vez. Na 1ª surpreendeu-me o seu programa. Terá o meu voto, sem sombra de dúvida!".


Respondi na caixa de comentários "Ainda não decidi o meu voto entre o PSD, o PP ou o MEP.
Mas Pedro Passos Coelho surpreendeu-me também nos dois temas que referiu.
Além disso passa uma imagem de autenticidade e genuinidade que verdadeiras ou não me surpreenderam. Aí compete com outra figura igualmente interessante do PSD - Paulo Rangel."

Será que está a surgir uma nova geração menos ressabiada que está a divergir da atracção fatal pela "Primeira República"? Como vai interagir essa "geração", se é que existe, com as máquinas de assalto ao orçamento que dão pelos nomes de PS, PSD (e em menor escala o CDS PP)?

Diversificação

Este blogue irá diversificar lentamente os seus conteúdos no futuro.

As cinco páginas temáticas que aparecem de Sociedade a Ciência ainda NÃO estão funcionantes, apesar de termos já alguns novos colaboradores na calha para lhes dar conteúdo. Algum do conteúdo anterior do Blogue será passado para a página Sociedade.

Avisaremos aqui e no Editorial quando as coisas começarem a funcionar.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Fim de um ciclo - fim do Abrantes?

O Câmara Cooperativa, o Abrantes, figura colectiva sobre a qual há fortes suspeitas de corresponder á intervenção organizada de meios estatais, vai esvaziar-se como um balão, perdido o acesso aos meios que todos nós pagamos?

O ovo da serpente morrerá antes de conseguir sobreviver à luz do dia.

Vamos todos ajudar o Partido Socialista

Como explicou Catroga o PS quer livrar-se de Sócrates.

Quer ver pelas costas o Falso mas não sabe como há-de fazê-lo.

Julgo que a maneira mais fácil de ajudar é chegar ao boletim de voto dia 5 e pôr  a cruz num sitio qualquer - partidos e propostas diferentes não faltam - menos no PS.

Não querem votar Portas ou Passos? Votem BE ou PC. Votem PTP ou MPT. Votem MEP ou PPM: Votem num partido qualquer mas não votem em branco nem votem PS.

Esse é o caminho mais rápido para se livrarem do Falso.

Maioria Submersa

As sondagens que revelam que Sócrates, o Falso, está empatado ou mesmo em maioria relativa não devem ter sido feitas no meu bairro. Ou melhor nos meus bairros - onde vivo, onde estudo, onde trabalho, onde circulo.

Onde estão os apoiantes do Falso?

À excepção dos apoiantes profissionais que se deslocam de autocarro para encher salas e aparecer na TV, onde está essa gente que não vê em lado nenhum em grande número?

Talvez se trate de uma maioria silenciosa, o que se estranha pois a esquerda, principalmente quando coloniza extensamente os media, costuma ouvir-se bem alto.

Talvez seja gente acantonada a grupos sociais menos esclarecidos onde até os gatos abrem os olhos mais tarde.

Talvez seja gente submersa. Gente que se envergonha de dizer que é Socrática, como até à pouco tempo se tinha vergonha de se dizer que se era do CDS PP ou que se acreditava em Deus.

Esperemos que o Falso nos faça o favor de submergir dia 5, recolhendo junto aos seus e deixando em paz a população que traiu.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Paulo Rangel versus Marcelo, Vital e outros

Quadratura do Circulo:
Paulo Rangel prenhe de razão quando explica com uma frescura assinalável que nem a constituição nem nenhum tipo de lógica política permite aceitar que o PR não possa deixar de indigitar como primeira escolha para formar governo o líder do partido mais votado.

Se até nos regimes parlamentaristas se formam governos de coligação sem a presença do partido mais votado quanto mais legítimo será num regime semi-presidencialista em que o PR tem uma legitimidade directa.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Um militante socialista que não vota Sócrates.

(via corta-fitas)

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=484969

Espero que apesar de tudo este militante do PS não decida votar PCP.

Obrigar-me-ia a retirá-lo da minha série "Democraticidade, Integridade e Coragem" pois votar PCP não se coaduna com a primeira característica nomeada.

Foi aliás pelo seu recente apoio ao PCP que não incluí Nuno Grande.

38.550

PIB per capita da Irlanda em 2010 (já ajustado ao custo de vida PPP) : 38.550 USD
PIB per capita de Portugal em 2010 (mesmos critérios): 23.230 USD

Isto em 2010 porque em 2011 a Irlanda já vai crescer e Portugal está em recessão.

Economia e Finanças não são exactamente a mesma coisa.

Acusações com putativos factos a que alguém tem de responder

A ser verdade metade do que é dito, é grave

http://arrastao.org/2258357.html

Cavaco e o novo Governo

Sócrates diz que caso ele seja o mais votado, tem de ser ele a ir para o governo mesmo que o PSD e o CDS tenham em conjunto maioria.

Diz que é uma questão de tradição.

Mais um argumento para criar uma nova tradição: o PSD e o CDS devem parar ataques mútuos e fazer já uma declaração de aliança pós-eleitoral.

Eu chamava-lhe AD para não existirem dúvidas.

Síntese entre coragem e comunicação eficaz

O que deveria ter dito Passos?

1º que o PSD é o partido dos que almejam subir na vida e dos que almejam que os seus filhos e netos subam na vida.
2º que o PS é o partido do facilitismo e da manipulação estatística.
3º dar como exemplo as Novas Oportunidades, um programa que em vez de dar às pessoas uma segunda oportunidade reconhecendo competências e complementando-as com novas competências permitindo certificar o resultado final se limitou muitas vezes a certificar as pessoas sem dar competências.
4º que ao fazê-lo Sócrates quis como sempre melhorar as estatísticas sem melhorar o país e que essa falsificação defrauda quem merece uma segunda oportunidade e desvaloriza a certificação feita pelas Novas Oportunidades.
5º que as Novas Oportunidades foram mais uma oportunidade perdida pelo PS

VERSÃO 2 - Erro de Passos

Ao criticar as novas oportunidades, acusando-as de facilitismo por se limitarem a certificar a ignorancia em vez de darem formação adaptada às competências necessárias a um adulto com um percurso de progressão laboral no mundo real e, DEPOIS, certificarem o resultado final Passos Coelho corre um risco e revela um mau controlo do discurso político.

O risco é que esse programa deu equivalência a formação académica a muitos, muitos milhares de portugueses que se podem sentir diminuídos e ofendidos pelo comentário. Para além de que a falsidade socrática vai, como sempre, pôr palavras e intenções na boca de Passos tentando transformar a defesa de uma segunda oportunidade de qualidade num ataque à promoção das pessoas.

Como em política o que parece é, este mau controlo discursivo tem duas consequências:

1º Torna-se num ataque efectivo às pessoas que foram certificadas pois estas certificações ficam diminuídas aos olhos da comunidade e dos empregadores.

2º Abre o flanco a Sócrates, o Falso, aos seus cúmplices e branqueadores.

Versão 1 - Coragem de Passos

Ao criticar as novas oportunidades, acusando-as de facilitismo por se limitarem a certificar a ignorancia em vez de darem formação adaptada às competências necessárias a um adulto com um percurso de progressão laboral no mundo real e, DEPOIS, certificarem o resultado final Passos Coelho corre um risco e revela coragem.

O risco é que esse programa deu equivalência a formação académica a muitos, muitos milhares de portugueses que se podem sentir diminuídos e ofendidos pelo comentário. Para além de que a falsidade socrática vai, como sempre, pôr palavras e intenções na boca de Passos tentando transformar a defesa de uma segunda oportunidade de qualidade num ataque à promoção das pessoas.

Teoria da conspiração caseira

Eis uma das raras teorias da conspiração em que é legítimo acreditar-se:

Sócrates não quis que se traduzisse o memorando de uma lingua estrangeira para português para dificultar a sua leitura generalizada por jornais locais, blogues, rádios, movimentos sociais, etc, etc.

Trata-se de uma "damage control strategy". Se fosse um governo AD 36% acreditariam nesta linda teoria.

Enfim ... é do que me consigo lembrar a estas horas (infelizmente deve ter sido só incompetência e servilismo).

http://aventar.eu/2011/05/16/socrates-julga-que-o-mdf-traduziu-o-memorando/

domingo, 15 de maio de 2011

A nova prostituição. Face indizível da bancarrota

"As técnicas da Associação O Ninho aperceberam-se a partir de 2009 que começavam a aparecer nas ruas de Lisboa novas mulheres". 


2009, antes do PEC; antes da crise política.


São "mulheres recorrem à prostituição para conseguir sustentar os filhos"
"As mulheres estão desesperadas. Aqui há uns anos pediam ajuda à família, mas hoje nem a família pode ajudar», sublinhou Inês Fontinha, lembrando que estas mulheres vivem entre o medo de ter como cliente um vizinho do bairro ou de serem rejeitadas por um filho que descobre o que andam a fazer."


Lido no Sol hoje.

Á atenção dos Branqueadores do Falso.

Lisboa

Imaginemos que tinha acontecido em Lisboa.

Não se trata já de Paulo Pedroso, ex-ministro e número 2 do PS.Trata-se de Dominique Strauss-Kahn.
O patrão do FMI, francês, socialista e putativo candidato a substituir Sakozy na presidência da França.

Strauss-Kahn era acusado por uma empregada de quarto de agressão sexual.

ALGUÉM o ia buscar a um avião da Air France?

Sócrates versus Figueiredo

O antigo presidente brasileiro Figueiredo teve um problema grave durante a transição para a democracia no Brasil. Acusado de ser responsável por múltiplos males do gigante sul americano era particularmente impopular. Fosse onde fosse juntavam-se expontaneamente pessoas que o verberavam e vaiavam. A coisa era de tal forma expontânea e generalizada que ficou virtualmente prisioneiro do seu palácio.

Punha um pé na rua e minutos depois era uma correria de populares a ver quem mais perto dele chegava para descarregar todo o fel de um povo ofendido.

Figueiredo não podia sair à rua.

Sócrates é um caso bem diferente. Destruiu o seu país numa escala não vista.  É causa de sofrimento e imprevisibilidade na vida de milhões de pessoas.  Centenas de milhar de famílias viram o desemprego bater-lhes à porta. Restrições foram impostas aos seus filhos e aos avós dos seus filhos. Casais separaram-se nas guerras que sempre surgem quando o dinheiro falta e as pessoas se incendeiam para saber de quem é a culpa. Que poderiam ter feito de diferente? Raramente olham para a televisão e apontam o dedo ao Falso imputando-lhe a razão da sua desgraça.

Crianças comem só uma vez por dia e as suas mães ficam com o coração partido quando as mandam para a cama com uma sopa no estômago. Perguntam-se se mereciam o que lhes aconteceu e atribuem culpas a este e àquele. Raramente olham para a televisão e sentem que foi o Falso quem afundou a vida colectiva do país e tirou aos seus filhos o direito a uma refeição quente.

Dezenas de milhar de jovens licenciados meteram-se num avião ou num autocarro e emigraram. Eles e outros profissionais menos jovens. Deixam para trás as suas famílias que muitas vezes nunca recuperarão e que baixam os braços por esta volta inesperada do destino que as deixa sós. Poucas vezes olharam o verdugo, o Falso e souberam no seu coração que quem os deportou foi ele.

Doentes reumáticos, doentes com arritmias, asmáticos, insuficientes cardíacos, deprimidos, etc, abandonam a medicação que não podem pagar e vêem voltar a incapacidade e a doença, fragilizados e impotentes. Quantos se viraram para o demagogo e quiseram que este lhes dissesse que ganhou ele com a sua miséria física e moral?

Por isso Sócrates passeia-se em campanha sem risco. Os carneiros mansos, domesticados e impotentes, obtusos e vergados, até se voluntarizam, se necessário for, para agitar a bandeirinha rosa se lhe puserem uma nas mãos. 

Sócrates pode sair à rua. Onde está o povo que já teremos sido?

sábado, 14 de maio de 2011

Gestão de expectativas

As expectativas em relação a Passos foram de tal modo diminuídas que a campanha eleitoral do PSD vai ser uma agradável surpresa.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

A europa da nossa desconfiança II

Ao estabelecer o precedente dos 3,25% o FMI dá-nos um argumento para exigir à europa, após o 5 de Junho, a descida dos juros para esse nível.

Depois de se ter obtido essa vitória devemos bater à porta de alguns credores, escolhidos a dedo, e renegociar os juros.

Caso a europa recuse renegociar os juros devemos fazer ao contrário: renegociar com alguns credores, nomeadamente franceses e alemães. Credores escolhidos de forma a que os mercados se apercebam de critérios que sejam suficientemente claros para não contaminar o grosso dos empréstimos e o grosso dos credores.

Uma coisa é certa: a >5,5% ou mais é impossível pagar. No fundo a europa está a transferir recursos das nossas familias para credores alemães.

O exemplo, simplificando, é o seguinte:

Um banco alemão emprestou-nos 7 mil milhões a 3,8% há 5 anos. Essa dívida atingiu a maturidade. O BCE / UE emprestam-nos a 5, 7 % 7 mil milhões e esse dinheiro vai direitinho ao tal banco alemão. a diferença de 3,8 para 5,7 é pago pelas nossas famílias e empresas.

Lamento mas não vai dar. Portugal e a Irlanda deviam renegociar juntos. O caso da Grécia tem de estar dependente da confirmação de uma nova política de seriedade por parte desse país.

Nada tem tanto sucesso como o sucesso

Se se confirmar a subida nas sondagens Passos passa de besta a bestial.

Nessa altura saca do Nobre e ninguém se vai lembrar de criticar o bom doutor.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Provas documentais II

Ou será que Sócrates não tem nenhuma prova documental de que o PEC IV traria os meios financeiros de que o País necessitava e necessita, será que Sócrates não estabeleceu qualquer acordo ou obteve qualquer garantia sobre a eficácia do PEC IV ?
Será que o que obteve foram pancadinhas nas costas, palavras lindas mas vazias de compromisso, daqueles nossos amigos europeus que agora nos cobram muito mais que o FMI?

Será que quando diz que o PEC IV chegava é um mero palpite do Sócrates, o Falso. Uma previsão do homem que não conseguiu prever nada do que aconteceu? Do falso que diz uma coisa e o seu contrário com 48 horas de diferença, que nos mente há seis anos?

Reino Unido

Eu teria incluído o Reino Unido no gráfico. No resto concordo.

Assinalo que Portas, ao contrário do que sugerem os seus críticos não removeu apenas os países com maior variação de dívida. Excluiu também muitos outros com menor variação da dívida que nós.

O gráfico foi relevante para o debate trazendo verdade onde ela faltava.

Pensamento original

Louçã trouxe uma ideia original no nosso debate político: taxar as mais valias urbanísticas por valorização dos solos na sequência de intervenções do estado.

Uma ideia a explorar.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Provas documentais

Sócrates, o Falso, insiste que o PEC IV tinha evitado a crise.

Preparamos-nos para ouvir essa falsidade durante semanas.

Exigimos que Sócrates, o Falso, apresente as provas documentais de que se tivéssemos aprovado o PEC IV cairia uma verba semelhante aos 78 mil milhões que nos dão agora e que nem chegam para nos afastar dos mercados 2 anos completos.

Sócrates apresentou o PEC IV às instancias europeias e diz que estas concordaram com o PEC IV e afiançaram que com esse PEC não seria necessária intervenção externa.

Que tipo de documento foi avançado - uma carta de intenções? um memorando? um pré-acordo?
Quem elaborou esse documento? altos funcionários ou políticos?
Qual o sistema de monitorização estabelecido? trimestral ou outro?
Como seria aprovado pela Finlândia, UK e outros países?
Com que verba? os 52 mil milhões da UE/BCE ou os 78 mil milhões totais?
Com que taxa de juro? os 3,5 - 4,5% do FMI ou os juros altíssimos que a UE / BCE nos vão cobrar agora?
Qual o texto específico do documento? Mostre-nos o documento desse "acordo"!

Para além de Sócrates ter de apresentar esses documentos, SER OBRIGADO A ISSO, temos também que perguntar o seguinte: que partidos da oposição e que instituições portuguesas souberam dos termos exactos desse acordo?

Em que data o Presidente foi informado?
Em que data os parceiros sociais foram informados?

Exigimos saber agora.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Judicialização da Política

Critico a judicialização da política.

As questões que levantei sobre o mais maldito dos temas da política portuguesa não correspondem a esse padrão.

Nunca, no contexto de luta por ideias e princípios políticos, acusei adversários de serem criminosos. Nunca pedi a polícias, procuradores e juízes que fizessem o que não é possível fazer politicamente sobre problemas políticos.

Nos três posts anteriores levanto questões político-mediáticas que se mantêm mesmo que em relação a Paulo Pedroso a Justiça tenha decidido que não tinha fundamento legal o seu julgamento como agressor sexual de crianças.

A questão política é simples: numa altura em que milhões de Portugueses derramam suor e lágrimas, em que somos humilhados por estrangeiros que vêm à nossa terra tomar conta do que fazemos, o Partido Socialista está tão doente que não encontra gente mais credível junto do povo soberano, mais capaz de mobilizar vontades para defender o superior interesse nacional que figuras como Sócrates, Rodrigues e Pedroso?

A nossa "pátria muito amada" não merece mais?

domingo, 8 de maio de 2011

Tradução do Memorando concluída

Skeptikos (nick) enviou-nos o link da tradução para Português do Memorando.

"Um pequeno off topic. "Memorando da Troika" - Porque se trata afinal de um documento de enorme importância que ainda não foi disponibilizado aos portugueses em Português, aqui fica mais uma vez o serviço público de 1ª categoria disponibilizado pela blogosfera, através do blog AVENTAR: 


http://aventar.eu/2011/05/06/traducao-do-memorando-do-acordo-com-a-troika-fmi-bce-ce-concluida/



sábado, 7 de maio de 2011

Estar com Deus contra os homens

Aristide Sousa Mendes

A história impressionante deste heroi, tem um aspecto lateral pouco debatido.

O ditador que o removeu do cargo por desobediência, o impediu de se defender a si próprio apesar de ser jurista de formação, o impediu de receber pensão ou reforma ou de arranjar posto compatível e, mesmo anos após a derrota da Alemanha e a exposição do Holocausto, não o reabilitou, o ditador deixou entrar no país todos aqueles a quem ele facultara vistos.

Muitos desses vistos, à medida que ele ia atrás da coluna desesperada de condenados à deportação, eram papeis atípicos. Quando chegou a Hendaye os "vistos" que distribuía eram papeis banais carimbados, em que ele garantia em nome do governo direito de entrada em Portugal, não a pessoas singulares mas a todos os familiares do Sr. Fulano ou Cicrano.

Entraram todos em Portugal.

Mesmo aqueles já sem nenhum papel passaram; ele convenceu os guardas Espanhois em Irun, a deixá-los entrar em comboios dirigidos a Portugal (abriu ele pessoalmente a fronteira franco-espanhola exorbitando competências perante a complacência dos militares Espanhois que fecharam os olhos ao desespero daquele português "louco"), mesmo esses o ditador deixou entrar.

Um diplomata maldito tinha dado a palavra do Estado Português e o ditador assumiu essa palavra mesmo   perseguindo Aristide por desobediência.

Como disse o heroi "desejei mais estar com Deus contra os homens do que estar com os homens contra Deus".

Um mundo estranho, outro país, difícil de imaginar.

Se no mesmo campo visual imaginarmos a gente daquele tempo (os bons e os maus) e Sócrates com o seu séquito de branqueadores,  ficamos sem dúvida que estes não passam de anões à venda.

Fonte principal: http://www.raoulwallenberg.net/saviors/diplomats/mendes/jews-portugal-contemporary/

Clarificar, clarificar, clarificar

http://noticias.sapo.pt/info/artigo/1150454.html

(via albergue espanhol)

Democraticidade, Integridade e Coragem XIV

Democraticidade, Integridade e Coragem XIII

Democraticidade, Integridade e Coragem XII

Democraticidade, Integridade e Coragem XI

Democraticidade, Integridade e Coragem X

Democraticidade, Integridade e Coragem IX

Democraticidade, Integridade e Coragem VIII

Democraticidade, Integridade e Coragem VII

Democraticidade, Integridade e Coragem VI

Democraticidade, Integridade e Coragem V

Democraticidade, (Genialidade), Integridade e Coragem IV

Democraticidade, Integridade e Coragem III

Democraticidade, Integridade e Coragem II

Democraticidade, Integridade e Coragem I

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Linguagem 2

Se os jovens que fogem do país vão para nações mais livres porque não dar-lhes liberdade cá?

Liberdade para realizar os seus sonhos, os seus projectos. Para os nossos jovens já não chega a liberdade de expressão e manifestação.

Linguagem

Aquilo a que Sócrates, o Falso, chama ultra ou neoliberalismo deve ser chamado de promoção do empreendedorismo.

O termo foi usado pela troika amolecendo a imprensa.

Libertar a capacidade de empreendedorismo dos portugueses, nomeadamente dos jovens asfixiados pelo estado lento e gordo.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Ganhámos

Conheci, enquanto estudante, uma figuraça única que dizia ter raro faro para a actividade política associativa universitária. O jovem imaginava-se aliás primeiro ministro num futuro distante, frequentava embaixadas improváveis e escolhera de entre os amigos já alguns ministros para quando ocorresse o seu triunfo.  Apesar de ser de direita e muito engravatado, teve sucesso na associação de estudantes duma faculdade que lhe seria em principio hostil dado o predomínio da esquerda nessa casa.

 O rapaz sempre que podia aproximava-se do Prof. Adriano Moreira para buscar conselho e tentar mostrar serviço - mesmo que nenhum serviço lhe tivesse sido encomendado. Sentia-se perto de Deus quando chegava à fala com o Professor.

Contou-me uma pessoa próxima que numa das suas muitas aventuras político-mediáticas, um dia apoiou certa candidatura a uma faculdade Lisboeta. O resultado não foi mau mas perderam. O nosso arguto político, apesar da derrota, incumbiu um amigo que iria encontrar-se conjuntamente com ele com o Prof. Adriano Moreira de dizer que ganharam a eleição.

"Só tens de dizer que ganhámos quando o Professor perguntar. E manter sempre um grande sorriso. É preciso manteres um ar de vencedor. Eu depois explico o resto, instruiu o profeta". Chegados ao pé do Professor este indagou do resultado da contenda. "Perdemos" disse o amigo do profeta ao bom professor.

Quando viu a figuraça umas horas depois ainda cuspia fogo. "Só tinhas de dizer "ganhámos", é muito difícil de perceber? Ganhámos! Mais nada. Qualquer cigano ensaiado sabia fazê-lo, não é dificil! Ganhámos".

Pensei para comigo que estas figuras de banda desenhada só apareciam na estufa protegida da vida universitária. Não sobreviveriam na rua, no mundo "real".

Até que a vida me apresentou José Sócrates, essa figura patética e irreal que assessorado pelo Luis percorre a cavalo, numa armadura Armani, há mais de seis anos um país de nove séculos de história como se fora um grande senhor. Personagem duma farsa, provou-me que o descaramento vence quase sempre o ridículo, que as pessoas engolem quase tudo e, principalmente, que as pretensas elites são povoadas de invertebrados.

A Sócrates hoje, como o tonto profeta explicava na minha juventude, basta dizer "ganhámos" e pôr-se ares de vencedor.

Chegámos a isto.

A ameaça dos Gato Fedorento

Um amigo, brilhante jurista em Macau, disse-me há anos, durante a explosão de crescimento eleitoral do Bloco de Esquerda que esse partido tinha sobre ele uma ameaça eleitoral latente: Esvazíar-se-ia se os Gato Fedorento concorressem às eleições!

2/3 do eleitorado que vota BE nada tem a ver com a federação neocomunista que esse partido em boa verdade representa. Á medida que o tempo passa Louçã terá mais e mais dificuldade em aguentar o Bloco sem fazer opções claras. Ou se aproxima ao PC, enquistado e sem futuro ou compete pelas franjas do PS.

São duas mundivisões demasiado distintas para se manterem juntas no pós Socratismo.

1862

Em 1862 Pasteur demonstrou de forma aparentemente definitiva a falsidade da teoria da geração expontânea da vida. As tartarugas não nasciam da lama, os ratos não nasciam do lixo.

Hoje se virmos passar um qualquer ser vivo à nossa frente, podemos até questionar-nos se com açafrão e risotto daria um bom petisco mas podemos ter a certeza que não apareceu do nada, que é descendente de outro ser vivo.

Muitas pessoas que se espantam hoje que em 1861 se acreditasse que do lodo apareciam expontaneamente tartarugas, espantar-se-iam nessa data que se defendesse que todos os "animais" descendem forçosamente de outros animais.

Pasteur contudo esqueceu-se de esclarecer que o mesmo acontece ao dinheiro. Não aparece do nada se bem que pode desaparecer sem deixar rasto.

Sócrates, tal como antes dele Madoff e a Dona Branca, aplicou o esquema da piramide a quem acreditou nele. 

A Dona Branca atraiu pequenos e médios aforradores prometendo-lhes juros altos e, depois, financiava esses juros pedindo emprestado dinheiro a outros aforradores, a quem por sua vez prometia altos juros. O dinheiro que ia entregando a título de juros não caía do céu - caía dos bolsos de novos inocentes que lhe davam o dinheiro. Como os recursos não são infinitos deu-se o momento em que deixaram de aparecer novos clientes e ela deixou de poder pagar juros. O esquema estoirou e abriu bancarrota. Quem tinha o dinheiro nas mãos dela ficou sem nada.

Madoff atraiu grandes aforradores, empresas e milionários. Montou uma pirâmide em que com o dinheiro dos novos aderentes pagava os juros aos investidores anteriores. Quando estoirou deixou um buraco de 50 biliões de dólares.

Sócrates recebeu o país com uma dívida externa de 80 biliões de euros e em seis anos de gastar à tripaforra, enriquecendo uma classe de amigos, entre parasitas puros e empresários que comiam à mesa do orçamento, fazendo obra necessária e desnecessária desbaratou uma fortuna incalculável. É evidente que o investimento não era reprodutivo e o país não crescia. Durante esses anos Sócrates dedicou-se a culpar o governo anterior que durara cerca de 2 anos e meio e a fazer oposição à oposição. Atirou milhões e milhões para o lixo e para os bolsos da clique que orbita o poder.

A partir de certa altura, como a Dona Branca e o Madoff, passou a pagar os juros da dívida contraíndo nova dívida. A dívida externa passou de 80 para 160 biliões de euros. Os juros eram cada vez maiores, explodindo quando os credores perceberam que esse incompetente lhes estava a aplicar o esquema Madoff - pagava-lhe com dinheiro que pedia emprestado a outros investidores pois a economia do país não crescia.

Os nossos credores não eram os pequenos e médios aforradores que a Dona Branca enganou, nem os ricaços que o Madoff ludibriou. Eram bancos e fundos de diverso tipo com uma coisa em comum: eram profissionais.

A partir de meados / fins do ano passado o dinheiro começou a secar. Teixeira dos Santos, o incompetente, ainda tentou convencer Sócrates, o falso, a parar a bola de neve. 

Sem sucesso. Sócrates, apostador de casino, queria que o país ardesse se necessário - não queria era perder o cargo. 

Uma das coisas que está por esclarecer é o que tem Sócrates de tão valioso a perder com a perda do poder. Mas isso é conversa para outro dia.

Ontem o Falso alindou-se com o Luis e fez uma declaração cor-de-rosa na televisão. Depositou ao lado dele um boneco insuflável muito parecido com o ministro Teixeira dos Santos (mas menos falador) e disse que estava tudo bem.

Devemos 160 biliões de euros e está tudo OK. Os credores exigem poucas coisas: baixar as pensões acima dos 1500 euros e pouco mais.

Não Sócrates, que os burlões raramente se auto-burlam, mas toda uma série de políticos e analistas ficaram (pela enésima vez) baralhados com o comunicador e precipitaram-se para mesas redondas onde, com honrosas excepções, fizeram fé na geração expontânea do dinheiro.

Devemos 160 biliões, a 4% de juro ao ano seriam 6,4 biliões todos os anos que até aqui não podíamos pagar, mas agora vão chover do céu como o granizo choveu em abril.

Permitam-me que repita o que Medina Carreira anda a explicar há vários anos: vamos levar um apertão para arranjar esse dinheiro porque os credores querem de volta o que lhes pedimos e prometemos pagar.

Ou há petróleo no Beato ou as notas de euro não aparecem de geração expontânea.

Sócrates mentiu ontem como mente há seis anos. 

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Extinção da vida em Marte

Chavez descobriu a causa.

http://www.ionline.pt/conteudo/112290-chavez-diz-que-o-capitalismo-podera-ter-acabado-com-os-marcianos

(via Vista Alegre)

Festejar a morte em nome da vida

Não sei que chegue para decidir intimamente se a morte do terrorista Bin Laden foi uma acção de guerra ou uma execução extra judicial.

Talvez não houvesse outra solução que não a execução desse extremista.

Mas o que vai no coração dos que cantam e dançam nas ruas a sua morte?

Autenticidade

Os branqueadores de Sócrates, o Falso, todos juntos - os Assis, Costas, Soares, Moreiras; Sérgios, Campos, Seguros, Silvas, etc, etc não têm uma gota da autenticidade que Catroga revela:

Via O Cachimbo de Magritte,  http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1841183

domingo, 1 de maio de 2011

Fugir ao confronto


  1. em Portugal uma tendência para justicializar a política tal como há uma tendência, apesar de bem menor, para politizar a justiça.

    É um problema muito antigo do país. 


    Há o exemplo clássico do Marquês e dos Távoras que pela crueldade ofende e parece dum mundo que nos é estrangeiro, há inúmeros exemplos na Primeira República Jacobina, há décadas de tribunais plenários do Estado Novo e há a criminalização da extrema direita actualmente.

    Esta tendência representa uma fragilidade da nossa capacidade exprimir discordância frontal à luz do dia e  pouco tem a ver com perdoar ou não comportamento criminal nos políticos. 

    Na antiga URSS a dissidência era uma doença mental. 


    Cá a dissensão é um comportamento anti-social. Por isso quando discordamos visceralmente de alguém pedimos ajuda ao código penal: não somos nós que recusamos consenso é o outro que é um criminoso por capturar.

    Vejamos o caso do Falso. 
     Sócrates, imaginemos por hipótese, comprou criminalmente as suas luxuosas casas, a sua e da sua progenitora. 
    Sócrates tenha assinado projectos de barracos da autoria de terceiros usando a sua ascendencia sobre a CM em seu favor. Sócrates tenha tentado limitar a liberdade de imprensa no caso da TVI e do seu Jornal de Sexta. 
    Sócrates tenha falsificado o seu curso de engenharia quando era secretário de estado. 
    Suponhamos pois que este contribuinte cometeu todos esses crimes comuns. 


    É esse o principal problema que o país tem a ajustar com dSócrates?

    Que vale isso quando comparado, a título de mero exemplo, com o facto do primeiro-ministro Sócrates (não o contribuínte, o eleitor, o utente, o projectista, o aluno, o cidadão) mentir de forma grosseira dezenas e dezenas de vezes durante anos atrás de anos com a complacência da imprensa, das instituições, da intelectualidade, até há bem pouco tempo. 
    E principalmente com a complacência de Costas, Seguros, Assis, Jorge Coelhos, Vitorinos, Anas Gomes, Sérgios , Constâncios, João Soares, Correias de Campos, Marianos Gagos e a quase totalidade do seu partido.

    Condene-se Sócrates, imaginariamente, por esses crimes comuns. A máquina oculta mantém-se. Dirá ou que a justiça falhou ou que nada sabiam.  Porque ninguém os confrontou pelo branqueamento político de Sócrates. 


    Ninguém lhes pede contas pelo silencio de poucos e pela cumplicidade de quase todos - não nos putativos crimes que poderiam não conhecer com certeza suficiente mas pela cumplicidade com a gigantesca encenação de mudanças externas para justificar inflexões previamente preparadas, desonestidades políticas, traição a todos os compromissos, duplicidade constante, uso de dois pesos e duas medidas. 


    Mentiras deliberadas, repetidas, ao soberano, o povo.

    Criminalizar Sócrates é fugir do debate principal, do ataque directo, político, ideológico aos que despezam a verdade para obter vantagem. Essa máquina disposta a tudo, até a abandonar o contribuínte Pinto de Sousa, ficará incólume. 

    Relvas elogia Costa, elogia Seguro, elogia Assis e elogiará todos os Pilatos, enquanto Catroga pede que crucifiquem este Agesta.

    Não precisamos, como cidadãos, de nos esconder atrás das saias da justiça, por temermos invectivar o grupo sociopolítico que está disposto a tudo para comer à mesa do orçamento. 

    À justiça o que for da Justiça. À política o que é da política.