segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Costa plebiscita à apoio a aliança com BE e PCP?

Costa, o Batatoon indeciso que se mandou pintar de branco, quer referendar a aliança PS, BE e PCP.  

Provavelmente, no seu pequeno mundo de presidente da câmara, a coisa funciona assim: se eu vencer no referendo, garanto a unidade do partido e os meus opositores ficam enfraquecidos sendo dissuadidos de avançar contra mim.

Nada mais tonto.

Por um lado dá-se o caso da deriva plebiscitária ser anti-democrática. Um referendo devia incluir não apenas os militantes, mas o universo que elegeu Costa nas primárias do PS - militantes e eleitores. Mas isso seriam novas primárias e Costa não quer isso pois não? Além de que devia incluir as possibilidades alternativas. Assim devia referendar pelo menos as seguintes hipóteses muito práticas:

#1 Derrubo o governo de Passos Coelho e faço um aliança com o BE e o PC.

#2 Derrubo o governo Passos Coelho e tento governar sem alianças, tal como fez Guterres.

#3 Não derrubo o governo Passos Coelho e deixo passar o orçamento

Alguns perguntarão: derrubo como? Sim derrubo pois não se espera que as instituições, como a PR, fiquem paradas enquanto o segundo partido, o derrotado, brinca aos plebiscitos. Quando o plebiscito ocorrer já haverá um governo nomeado. 

Pois é bebé.

Depois há aquele detalhe chamado eleições presidenciais. O referendo Costa mata Belém e mata Nódoa. Esmaga o PS nas presidenciais. Ou seja, Costa depois de afundar o PS nas legislativas vai afundá-lo nas presidenciais. Isso é capaz de ser debatido dentro da choldra.

Pois é bebé.

Depois nada garante que a sua oposição interna, de Belém a Assis, de Sousa Pinto a Beleza, aplaudam a iniciativa e alinhem com ela. Podem, por exemplo considera-la anti-democrática pois não apresenta aos militantes as possibilidades alternativas que acima explanei. Podem dizer que é melhor dirimir isso em congresso, pois o assunto merece debate e não plebiscito. Podem dizer que tem de  se desencadear já a escolha do novo líder em primárias ou congresso.

Pois é bebé.

Há, por outro lado, o caso da roubalheira Sócrates. O caso não está parado e vai avançar enquanto Costa lixa o PS nas presidenciais. Costa fugiu do caso na campanha eleitoral, mas, Costinha, Beleza que diz que não há presos político vai esfregá-lo na tua cara na campanha interna.

Pois é bebé.

Caso Costa não aceite o debate democrático interno em congresso e queira o populismo plebiscitário, pode a oposição boicotar o referendo e dissociar-se dos seus resultados. Ora os deputados da oposição a Costa dentro do PS mais o PSD e o CDS têm maioria no parlamento.

Pois é bebé.

Pode o PR dizer que se o PS não deixa passar o orçamento, dada a guerra interna no PS tem de deixar Passos a governar por duodécimos, sem orçamento e forçando antecipadas em 2016. Nessas antecipadas o PS seria? Esmagado não é?

Pois é bebé. 

Não basta ter a SIC, a TSF e o Público na mão. É preciso ter cérebro. 

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Grande vitória da esquerda

A esquerda declara-se vitoriosa nas eleições de 04 de Outubro, garantindo que derrotou a democracia.

Costa, a SIC, O Público, o PS, a TSF, o BE, Paulo Pedroso, o DN, Pinto Balsemão, a CDU, Sócrates, venceram largamente as eleições e dominam o parlamento e o país.

O presidente da AR, as comissões parlamentares, a imprensa está nas suas mãos.

Mas fora do núcleo duro da esquerda, as coisas começam a ceder.

Álvaro Beleza, a TVI, a própria RTP, iniciam um processo de afastamento da máfia que domina  Portugal.

Porquê?

Por causa de duas coisas chamadas Cavaco Silva e Marcelo Rebelo de Sousa. O PR e o futuro PR impedem o assalto ao executivo por parte da máfia sedenta do dinheiro dos contribuintes e das percebendas da administração central. Ora é o executivo quem tem condições para alterar a ordem estabelecida pela esquerda e implantar uma democracia.

Cavaco vai nomear Passos Coelho e Marcelo irá dissolver a AR.

Depois dessa dissolução o poder de Pinto Balsemão e Sócrates vai ser abalado. A Coligação conseguirá uma maioria absoluta e arriscamo-nos a um período de transparência e decência, fatal para    quem vive de dividir o dinheiro dos portugueses entre os seus amigos.

Tenham medo. Tenham muito medo.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Costa, o PASOK saltitão

Já o escrevi.

Quando Durão Barroso andava por aí de poucas falas e pouca exposição, Vitorino (o pequenino que ri muito), anunciava-o como o maior génio político da sua geração.

O próprio Durão anunciava-se no parlamento como um mau líder da oposição mas um grande PM.

Não foi grande PM. Foi um mau PM. Não um grande presidente da Comissão. Foi um péssimo presidente da Comissão.

Antes de se encetar um líder partidário nunca se sabe o que vem aí.

Também do barro de Costa se tentou construir um super-homem... e não é que o sujeito acreditou?

Infelizmente para o PS, António Costa é muito pior que Durão Barroso. Mirrou em três semanas e ficaria abaixo de vinte por cento em seis semanas, houvesse esse tempo para ele ser exposto em campanha.

Vira à esquerda e à direita rodopiando a uma velocidade estonteante. Há aliás um video dele (julgo que em Vila Real) aos saltinhos e rodopiando numa boa amostra da facilidade com que roda.

Costa não é o mais direitista dos esquerdistas e o mais esquerdista dos direitistas. É direita e esquerda conforme o auditório e a maré. Não é nada. 

Cantemos pois" e roda Costa e roda Costa. PASOK, olé, olé".