domingo, 21 de julho de 2013

Mensagem de Cavaco II

Apesar da falta de clareza com que os políticos em geral e Cavaco em particular, falam e que não dispensa que a seguir a uma intervenção sua, surja uma mole de tradutores que se propõem transformar em português padrão aquilo que acabou de ser dito, desta vez Cavaco foi um pouco mais claro.

Nada mal e seguramente muito melhor do que o prolixo Sampaio, capaz de falar durante uma hora para tentar dizer que faz mais calor ao sol que à sombra.

É claro que uma nação que atravessa a crise que atravessamos, em que a ameaça de colapso é verdadeira, teria a ganhar com maior liderança nos grandes objetivos, por parte duma presidência legitimada por sufrágio direto e que é acompanhada por um governo fragilizado.

Esta crise mostrou bem que não é necessário mudar a constituição para o Presidente ter um papel bem maior que o minimalista que tradicionalmente assume.

Ao invés do que muitos pretendem, o facto de três dos presidentes terem lançado a bomba atómica (sim Cavaco lançou-a, limitando-se a, por ora, não puxar a cavilha) e do outro - Ramalho Eanes - ter criado um partido político, demonstra à saciedade que a questão do papel da PR num regime semi-presidencialista é mais uma questão de vontade do que uma questão de meios.

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