sábado, 27 de julho de 2013

Morais Sarmento e Marques Mendes claudicaram. Pacheco é um caso perdido. Falta Marcelo.

Dois comentadores da área do PSD, falaram do seu púlpito nacional sobre a questão dos SWAP tóxicos e de Maria Luis Albuquerque.

Em ambos os casos, os jornalistas disseram que ela sabia pela voz do governo anterior o que se passava nos SWAP tóxicos e deram a entender que mentira.

Questionados, Sarmento quer Mendes fugiram dos factos.

Mendes esteve melhor ao salientar que o governo anterior é que criou o problema e que o secretário de estado e o diretor do tesouro que nada fizeram para resolver o assunto, não deviam ter vindo, como sonsos, criticar a lentidão com que Albuquerque resolveu o problema que eles próprios criaram.

Mendes ainda passou brevemente sobre a verdade dizendo que Albuquerque não tinha mentido strictus sensus.

Com medo de serem acusados de partidarismo nenhum teve a coragem de dizer a verdade.

A verdade, tanto quanto se sabe hoje, é que Albuquerque não mentiu, nem strictu nem lato sensus.

Strictus sensus Albuquerque disse que na pasta de transição entre governos o assunto não foi passado como o problema que é. A estratégia típica dos burlões é usarem meia verdade para venderem a mentira que lhes dá vantagem e dou pouco valor a que Costa Pina ou Teixeira dos Santos tenha ou não referido que havia nas empresas públicas contratos SWAP que mereciam um segundo olhar. Tudo nas empresas públicas precisava de um segundo olhar. Ela falou da PASTA DE TRANSIÇÃO e não de conversas en passage (de que eventualmente podia não ter tido conhecimento) entre Teixeira e Gaspar.

Passar os assuntos do ministério numa pasta escrita e organizada é uma obrigação básica de qualquer governante. Conversas de corredor têm-se sobre futebol.

Se há dúvida sobre o conteúdo da pasta de transmissão, a Comissão que peça a dita.

Lato sensus Albuquerque também não mentiu. Foi Albuquerque que, tendo obrigações de report para com a troika e tendo tido dicas a partir de bancos de que haviam cláusulas graves, lançou uma investigação para saber a verdade. Como resposta à inquirição de Albuquerque, o PS foi cedendo a conta-gotas. Nunca o PS tomou a iniciativa de dizer: criámos este problema com esta dimensão e não sabemos como o resolver.

Albuquerque não foi informada - conseguiu, a pulso, facto após facto, confessado mail após mail que o PS levantasse a ponta do véu do que fora feito durante o seu governo nas empresas públicas.

A vantagem do PS em mentir, o seu racional, foi já analisado num post anterior.

Lato sensus as informações ainda assim dadas, não continham a alma do negócio, o verdadeiro problema e que consistia na possibilidade contratualmente garantida pelo PS aos bancos de que estes, a qualquer momento e a seu belprazer, podiam converter em dinheiro as vantagens contratuais cedidas pelos socialistas, tramando o estado em milhares de  milhões.

Dou 9 valores a Sarmento e 12 valores a Mendes.

Falta Marcelo.

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