sábado, 22 de novembro de 2014

O silêncio dos procuradores

Ao contrário do que acontece nos países civilizados, entre nós a Procuradoria não dá entrevistas à imprensa. O procurador que acuse um putativo criminoso poderoso, como alegadamente será José Sócrates, é alvo duma campanha pública dos defensores do acusado, no caso de Sócrates vimos já hoje, no dia zero, o branqueador de serviço na SIC, ou João Soares ou mesmo o Francisco Louçã.

O procurador não responde.

Apanha e não responde.

A coisa torna-se unilateral: os advogados do Sr. Poderoso aparecerão constantemente na televisão como vimos com Paulo Pedroso e Carlos Cruz. O procurador cala-se.

Isto não defende a independência, a isenção ou a autoridade da justiça. Fragiliza-a e permite que seja julgada nas televisões sem se defender.

Já começaram as cenas que todos recordamos: Costa declara-se amigo do putativo criminoso, Louçã e Soares apareceram a questionar a detenção de Sócrates para prestar declarações.

Percebemos que da sua casa Sócrates podia proceder à destruição de provas. Louçã não.

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