Depois da retoma de energia na campanha de Passos Coelho, Paulo Portas precisa de um trunfo para ser relevante.
Não é certo que perdida a capacidade de assustar os eleitores com Pedro Passos Coelho, Sócrates, perdidos muitos votos úteis, não decida virar à esquerda combatendo o BE no seu território.
Para isso precisa de outdoors e deixará de poupar Portas. Sócrates e a imprensa socratina. Libertos da obrigação de poupar Portas e juntando ao agradável o útil de agradar ao futuro primeiro ministro, Passos, a imprensa pode tornar-se num espinho contra o PP.
Que trunfo?
Uma declaração de Freitas a favor de Portas seria ouro sobre azul. Está totalmente dependente de Freitas que também deve estar a ser assediado pelo PSD.
Uma viragem à esquerda, por exemplo um ataque sustido à decisão do Banco de Portugal a favor dos bancos no empréstimo à habitação, assumindo Portas o compromisso de impedir a liberalização unilateral desses spreads teria um enorme público alvo. Uma decisão a favor da protecção dos fiadores - figura jurídica que marca a usura dos bancos pois não é parte interessada no negócio - teria um efeito complementar.
A desistência de um ou dois pequenos partidos a favor do CDS com a criação de uma mini-AD em torno do CDS seria também ouro sobre azul, apesar do risco envolvido. O MEP e o MPT seriam bons alvos. Parece difícil. Um apoio de Roberto Carneiro seria uma alternativa.
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