Quando a Grécia venceu o campeonato europeu de futebol fui assistir aos seus festejos em Lisboa. Para meu espanto eram festejos ululantes de gente que cantava em coro como os russos e outros povos do oriente. Não era cada um expressando-se segundo a sua alma. Funcionavam em bloco, massas humanas como se fossem um organismo só.
Apesar dos rostos europeus o seu comportamento pareceu-me mais asiático que ocidental.
Agora enquanto dançavam e cantavam em coro na praça Syntagma em Atenas, jornalistas portugueses perguntavam a grego após grego: e amanhã vai ser um dia melhor?
A resposta era sempre a mesma: amanhã não sei mas hoje danço.
Pois.
Leiam "O Jogador" de Dostoievski e perceberão quem pensa no dia de amanhã e no dia de depois de amanhã: os ocidentais e os alemães.
Hoje os Gregos dançam e amanhã os Gregos choram.
Tomates têm. Cérebro não.
Os gregos podem ter saído do império Otomano, mas o império Otomano não saiu de dentro dos gregos.
A vida continua.
Os gregos podem ter saído do império Otomano, mas o império Otomano não saiu de dentro dos gregos.
A vida continua.
Sem comentários:
Enviar um comentário