Área PS continua na montagem da fase inicial do esquema que conhecemos no
caso Paulo Pedroso.
Sócrates sabe que vai ser detido, pois os comparsas são ouvidos pela justiça. Escolhe o momento em que regressa a Portugal. O grupo Balsemão, neste
caso a SIC, é avisada e monta uma câmara escondida para gravar imagens do carro da polícia
que leva Sócrates, suficientemente escuras para não se perceber nada, mas
suficientemente claras para se poder acusar a policia de “coboiada”. Imagens verdadeiramente claras fariam mal a Sócrates e nada acrescentavam aos mentores da operação contra a justiça. As sombras faziam o serviço.
Nada pois de imagens focadas que um simples telemóvel podia obter
com clareza dentro do avião, no aeroporto ou à entrada para o carro da polícia.
Apenas sombras indefinidas, just enough para atacar a justiça.
A SIC, o Expresso e imagino que em breve a visão, montam
depois o circo mediático em que inúmeros comentadores acusam a justiça de
promover a fuga de segredo, mas esquecem-se de dizer que a fuga foi entregue à
SIC.
Ontem o advogado de Sócrates promove uma descarada fuga de
segredo de justiça para proteger o seu cliente, pré-anunciando em alta voz a decisão
do tribunal e defendendo a posição de Sócrates. Nada de misturadas com o amigo
e o pobre motorista e nada de confronto com o facto de que um arguido (o
advogado) não merecia ficar preso. Finge pateticamente que pensava que a
imprensa já sabia da decisão judicial, quando sabia muito bem que todas as
rádios e televisões estavam a leste.
Reação dos meios de comunicação a esta fuga em direto e à miss en scéne, com
um autor que se auto-revela? Zero.
Contra a justiça vale tudo.
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